Dr. Fernando Rodrigues

A organização do XI Festival Internacional de Órgão de Braga, tem como tema “O órgão e o sopro” e sendo o órgão um instrumento musical por excelência e dadas as suas características acústicas e técnicas, o órgão é ideal para acompanhar vozes humanas, quer uma assembleia, um coro ou um cantor solista, como para tocar a solo, dando um concerto ou substituindo uma orquestra. Por essa razão o órgão adquiriu, ao longo dos séculos, uma forte expressão no avivar a música sacra, que está mais viva do que nunca.

Os Órgãos de tubos, assim denominados porque, nestes instrumentos de ar e de sopro, bem como teclados, com uma estrutura muito complexa, em que todos eles compartilham: a capacidade de emitir o som pela vibração do ar através de um ressonador, cujo tamanho possui influência direta na frequência sonora, sendo o som produzido pela emissão de ar dentro de um tubo. A altura do som depende do tamanho e da temperatura do tubo e pode ser regulada pela abertura ou pelo fechamento dos orifícios existentes ao longo do tubo.

Claro que existem variados instrumentos de ar e sopro, como por exemplo: o clarinete, o fagote; o trompete; a flauta, etc., uns feitos em madeira e outros em metal, mas todos eles se interligam a uma programação diversificada e inédita que o FIOB irá apresentar no período de 2 a 18 de maio do corrente ano.  

A organização deste XI FIOB é uma parceria informal entre as entidades que o organizam, bem como aos vários mecenas da cidade que muito contribuem para a sua concretização, a quem desde já endereçamos os nossos agradecimentos pelo apoio financeiro, demonstrando segundo Aristóteles, que “A música é celeste, de natureza divina e de tal leveza que encanta a alma e a eleva acima da sua condição”, provando que a música é uma linguagem universal e pode ajudar a manter a harmonia entre todos, no sentir e do compreender, do amar e do descobrir. do desejar e do esperar, assumindo a forma de cada cultura, em cada momento, contribuindo desta forma para dar a conhecer à comunidade e ao público em geral que nos visitam, exclusivamente para assistir ao nosso Festival e paralelamente participarem na Braga Capital Portuguesa da Cultura.

São festivais como este que permitem partilhar, através das várias execuções que irão decorrer em várias Igrejas da comunidade, valorizando o nosso tesouro de Órgãos de música sacra. É sacra porque foi instrumento de comunicação de graça santificante do espírito.

Espero que neste festival, se una o grito da salvação à alegria pela gratidão, o que desde já muito agradecemos e contamos com a vossa presença.

Braga, 2025